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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Black Fraude" voltou em 2013, desta vez fazendo novas vitimas

Uma das promoções mais esperadas nos Estados Unidos acabou se tornando popular também aqui no Brasil nos últimos anos, mas sua fama vai muito além de apenas uma oportunidade para gastar o 13º salário em algo que está de olho o ano todo e por um preço menor, virou a oportunidade perfeita para as lojas esvaziarem seus estoques e explorarem o consumidor com “preços fantasma” e promoções de produtos que ninguém conseguiu comprar.

No ano passado a ação virou motivo de piada depois que algumas empresas, incluindo grandes varejistas, utilizaram a data e o impulso de compra dos consumidores para manipular preços e criar promoções com descontos que não existiam, a prática mais comum era aumentar gradativamente o preço de determinado produto nos dias que antecederam a Black Friday para no dia apresentar um desconto que resultava em um preço superior ao praticado normalmente, algo que rendeu o apelido de “Black Fraude” pelos brasileiros que definiram a ação com “tudo pela metade do dobro” e frases do gênero. Para este ano a promessa era de uma Black Friday mais próxima a dos Estados Unidos e sem os abusos, mas infelizmente a história se repetiu.

 Logo nos primeiros momentos da Black Friday deste ano já tivemos sinais de que tudo deveria ser igual e toda a história de algo mais prático, realista e honesto foi por águas abaixo. A primeira coisa foram os servidores lotados que deixavam os sites impossíveis de ser acessados, algo que se arrastou pelo dia todo, isso seguido das “promoções relâmpago” que nem The Flash conseguiria acompanhar, tão rápidas quanto eram anunciadas nos sites e redes sociais os produtos já estavam indisponíveis, era quase como ganhar na loteria, só que você ainda precisaria pagar.
Os preços maquiados estavam de volta por todos os lados, consoles, TVs, eletrodomésticos e hardware tinham belos descontos que ainda conseguiam deixa-los mais caros do que a poucos dias atrás. O extremo da má fé foi constatado em alguns sites de vendas online que ofereciam uma pequena quantidade de produtos disponíveis para suas promoções, um exemplo foi o site Kabum que divulgou em sua página no facebook (aqui) uma lista que mostrava o estoque de poucas unidades de um produto em promoção ser vendido em menos de segundos, revoltando os consumidores.
O caso mais estranho ocorreu também com o Kabum que prometeu vender unidades do Xbox One pelo preço dos Estados Unidos mas quando finalmente liberou a promoção o estoque já havia sido esgotado, isso porque o link da página teria vazado minutos antes. O site suspendeu a promoção e a realizou novamente algum tempo depois, mas o problema voltou a se repetir. A empresa é uma das que acumulam reclamações no site Reclame Aqui que somente no dia 29 acumulou cerca de 5 mil reclamações das mais diversas empresas na Black Friday, o site divulgou o ranking com as 5 empresas que receberam mais reclamações durante o dia.
 Em uma data onde deveríamos ter a chance de comprar aquilo com o que sonhamos e para o qual trabalhamos o ano todo por um preço mais “honesto” sem o peso do “lucro Brasil” que é a ganância dos varejistas que aproveitam o conformismo brasileiro e o costume de colocar a culpa nos impostos para praticar preços absurdos com alta taxa de lucro sobre os produtos. A nós resta apenas esperar que os órgão como o PROCON cumpram seu papel, mas para isso precisamos fazer o nosso e denunciar.
Alguém conseguiu comprar alguma coisa na Black Friday (sem contar Steam, Origin, Nuuvem e Full Games)?

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